Pedro Almodóvar pede que Sánchez rompa relações com Israel em protesto contra o "genocídio" em Gaza "aos olhos do mundo inteiro".

O cineasta Pedro Almodóvar pediu ao governo que rompa relações "diplomáticas, comerciais e de qualquer outra natureza" com Israel em protesto contra o "genocídio" em Gaza e pede a Sánchez que convença os aliados europeus a se juntarem a essa causa. O diretor fez a declaração em um vídeo publicado nesta quarta-feira na conta do Instagram de sua produtora, El Deseo , acompanhado das hashtags #AccionesYa e #StopGenocide .

"Peço ao nosso governo que rompa relações diplomáticas, comerciais e de outro tipo com o Estado de Israel em protesto contra o genocídio que está sendo cometido contra o povo de Gaza, à vista de todo o mundo", disse Almodóvar, que pediu a Sánchez que convencesse os aliados europeus "a fazerem o mesmo e aderirem a esta resolução".

O cineasta incentivou o público a aderir à iniciativa e gravar um vídeo para fazer perguntas ou petições usando a hashtag #AccionesYa . Em junho passado, Almodóvar foi uma das 1.800 personalidades culturais que assinaram uma petição pela paz em Gaza. A petição de Almodóvar se junta às inúmeras assinaturas do mundo cinematográfico que, nesta segunda-feira, solicitaram uma posição "clara e inequívoca" de condenação ao genocídio em Gaza no Festival Internacional de Cinema de Veneza, que começa nesta quarta-feira.

"O fardo é pesado demais para continuar vivendo como antes. Há quase dois anos, imagens inconfundíveis nos chegam da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Testemunhamos, incrédulos e impotentes, o tormento de um genocídio perpetrado ao vivo pelo Estado de Israel na Palestina", diz a carta, que também se estende à Bienal de Veneza . A carta é assinada, entre outros, pelo cineasta e roteirista italiano Marco Bellocchio , pela atriz Laura Morante , pelo cineasta americano Abel Ferrara , pela cineasta italiana Alice Rohrwacher e pelos irmãos e atores Toni e Peppe Servillo .

"Em Veneza, todas as atenções estarão voltadas para o mundo do cinema; todos temos o dever de dar a conhecer as histórias e as vozes daqueles que estão sendo massacrados, mesmo com a indiferença cúmplice do Ocidente", acrescentam os profissionais.